terça-feira, 16 de junho de 2009


" Uma cidade sem memória é uma cidade sem história ".
Adimir Nogueira.

Em todos nós existe o espírito esportivo que nos leva a praticar exercícios, para alguns apenas como lazer, para outros uma meta de vida. O futebol amador de Limeira é integrado por sessenta equipes divididas em três divisões. Números que continuam crescendo com a chegada de novos times e posteriormente saída dos últimos colocados da terceira divisão. O campeonato é extremamente organizado, com duração entre quatro e cinco meses, onde os participantes não têm nenhum custo para participar. Para que tudo isso aconteça, existe um trabalho árduo de homens apaixonados pelo esporte realizam trabalhos voluntários na busca de resgatar uma história. São sessenta e quatro anos de história onde muitos contribuíram direta ou indiretamente. Grandes e normalmente anônimos jogadores das equipes fizeram parte desses campeonatos que continua até hoje com o acompanhamento de pessoas de várias idades.


Ata de fundação da Liga Limeirense de Futebol
Aos quatro dias do mês de dezembro de 1944, numa sala gentilmente cedida pelo E. E. Estudantes, situado no prédio da Rua Barão de Campinas, 517, reuniram-se vários senhores de nossa sociedade, todos limeirenses por nascimento, com o intuito de fundarem uma liga de futebol, que nortearia os destinos do futebol varzeano de Limeira. Achavam-se presentes a essa reunião, os Sr. Santo Negro, Ítalo Ceneviva, Orlando de Vuono, Noé Pelegrini, Antonio Cândido Parronchi, Dr. Vivaldo Gonçalves Cortes, Arnaldo Escudeiro, Domingos Ducatti, Luiz Suppia, e os clubes A. A. Internacional, E. C. Limeirense, E. C. Estudantes e C. A. Usina Tracema com seus dignos representantes, respectivamente pela ordem, Sr. José Ranciaro, Antonio Parronchi, Fortunato Lucato Neto e Domingos Ducatti, mais os clubes varzeanos, Sete de Setembro, E. C. Prada, América F. C., Independente F. C. e Nacional E. C. representados pelos Srs. Nardo Tank, Jorge Vicente, Hélio Scarpitti, Nilton Redondano e José Elias, respectivamente. Inicialmente os presentes a esta reunião aclamaram o nome do Sr. Fortunato Lucato Neto para Presidente do Conselho Deliberativo, que por sua vez coordenaria os trabalhos para que se pudesse eleger o futuro Presidente da nova entidade que hora em formação. Primeiramente o Sr. Fortunato Lucato Neto, colocou em votação o nome da entidade a qual, após analisada entre outras, foi aclamada por todos os presentes com Liga Limeirense de Futebol. Em seguida solicitou ao Sr. Presidente, que fosse escolhido entre os presentes,aquele que seria eleito o novo Presidente da entidade. Indicado que foi pelos demais, o Sr. Fortunato indicou o nome do Sr. Santo Negro para o primeiro presidente da liga Limeirense de Futebol. Aclamado por todos, o nome do Sr. Santo Negro foi unanimemente aprovado, o qual também por aprovação comandaria os destinos da Liga Limeirense de Futebol por u ano. Por convite e aceitação, ficou o Sr. Fortunato Lucato Neto nomeado Vice Presidente da entidade, bem como Presidente do Conselho Deliberativo. Após o Sr. Santo Negro Agradecer a indicação de seu nome, ao mesmo tempo, em que solicitava a colaboração de todos para o pleno êxito de sua gestão. Usou a palavra também o Sr. Fortunato Lucato que fez suas as palavras do Presidente. Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente encerrou a presente reunião, dizendo que tão logo fosse possível marcaria nova reunião , quando então seriam conhecidos os elementos comporiam sua diretoria. Apresente ata foi lida e achada conforme, a qual segue assinada por todos.
Santo Negro, Fortunato Lucato Neto, Ítalo Ceneviva,
Orlando de Vuono, Noé Pelegrini, Antonio Candido Parronchi,
Vivaldo Gonçalves Cortes, Arnaldo Escudeiro,
Domingos Ducatti, Luiz Suppia, José Ranciaro,
Nardo Tank, Jorge Vicente, Hélio Scarpitti, Milton Redondano e José Elias.
Transcrita do original por Luiz Roberto Câmara Matos no ano de 1982.
Pesquisa: Doubert Gonçalves - Jornal Tribuna Popular – 29/12/04.

História

A história desta importante entidade fundou-se com a vida de centenas de limeirenses natos e residentes, que no decorrer das décadas colaboraram para a continuidade do futebol na cidade.
A partir de 1935, em Limeira, houve a criação das Comissões Municipais de Esporte que começaram a organizar os campeonatos onde todos os times existentes na cidade poderiam se inscrever disputando o lugar mais alto da consagração esportista daquele momento.
Daí em diante os jogos realizados ao domingos, normalmente no estádio Vila Levy, concentravam a população da cidade com suas torcidas bairristas e empolgadas.
Os jogadores eram convocados por jornais ou pelo rádio, que possuía uma grande audiência todos os dias.
No ano de 42 foram abertas as inscrições para o campeonato municipal de futebol com um torneio que sempre era realizado no domingo anterior ao início dos campeonatos: “Torneio Início”. Na mesma época uma forte crônica foi emitida insinuando que os demais times considerados pequenos estariam ofuscando o chamado “principal time da cidade”, (A. A. Internacional), como forma de explicar esta crônica, diversas notas foram emitidas afirmando que em Limeira havia lugar para todos. Após essa discussão a notas do campeonato municipal desapareceram e até hoje não há provas históricas do vencedor do campeonato.
Em 43 iniciou o distanciamento do poder público municipal da organização dos campeonatos
No dia 4 de dezembro de 1944, reuniu-se em uma sala cedida pelo Esporte Clube Estudante, Rua Barão de Campinas nº. 517, um grupo de esportistas com o intuito de fundarem uma liga de futebol que mudaria o destino do futebol varzeano de Limeira.
Em 45 além das questões político-sociais que envolveram a entidade responsável pela organização do campeonato municipal, uma nova modalidade de competição seria praticada: o campeonato varzeano, ou seja, “o futebol amador”. Esse campeonato tinha como intuito estimular a pratica do futebol e o desenvolvimento dos novos times que afloravam por toda cidade.
No ano de 1946 um congresso foi promovido pelos diretores do Batatais F.C. que implantaram apenas uma só classe de jogador no interior, e que equipes que não possuíssem estádios próprios estariam de fora dos campeonatos. Isso levou que fosse criada uma nova divisão no futebol paulistano, ou seja, times com uma estrutura própria com uma nova gama de estádios e jogadores que determinou os clubes de classes superiores e as inferiores (sem campo oficial e próprio). Essas decisões provocaram grande tumulto entre as equipes e causou a partir de 1948 a construção de uma serie de campos por toda a cidade.
Em 24/8/1947 a A.A. Internacional anunciou sua desistência do campeonato da cidade para se dedicar a categoria profissional do estado.
Com a Sociedade esportiva sob ameaça de ser transformado o estádio Vila Levy em praça municipal, no ano de 1948 criaram-se uma serie de competições. Uma delas foi o torneio 1º de Maio.
Em 1949 durante os jogos era comum uma eleição do time mais querido da cidade. Neste ano um órgão independente chamado Alerta Brasil apurou que o Invicta era o time mais querido da cidade, seguido por América, Nacional, Limeirense, e Cruzeiro. Eleições que mexiam de certa forma com o ego dos jogadores acirrando mais ainda os jogos.
O ano de 50 foi marcado pelas duras criticas realizada por jornais e rádios que diziam a seguinte frase: ” Ou desaparece ou toma seu posto”.
Em 51 foi sugerido que o campeonato varzeano deveria ser organizado pelos próprios clubes. A repercussão não surtiu muito efeito e por isso não vingou.
A partir do ano de 52 os campeonatos municipais fundiram-se com o varzeano, que não teve grandes surpresas no desenrolar do campeonato.
Em 53 devido ao grande numero de times inscritos, uma novidade naquela época o campeonato varzeano foi mais extenso.
Em 64 Armando Luis Bonani foi convidado para ocupar o cargo de presidente da Liga Limeirense de Futebol. Bonani foi o responsável em conseguir autorização da Federação Paulista de Futebol para construção do Limeirão.
Em 78 no mandato de José Tadeu Toledo foi realizado o primeiro curso para árbitros oficializados pela Federação onde participaram da mesa Omar Franciscon, Flavio Aset e José Luiz Guidotti. Na sua época, para organização dos campeonatos, os times pagavam uma taxa de participação, a Prefeitura pagava a taxa de arbitragem e a organização dependia do regulamento elaborado pelo Departamento Técnico da Liga e aprovado pelos clubes participantes.
Em 80 há relatos que não houve a realização do Campeonato Amador de Limeira.
Em 81 a entidade havia novamente, sido excluída da Federação Paulista de Futebol, desta vez, por cassação demandada pelo Tribunal de Justiça da F.P. F por ter passado um ano inteiro sem atividade e o devido pagamento das taxas.
Em 83 os campeonatos e demais atividades da instituição transcorriam dentro do controle previsto pelo presidente Antonio de Alcântara Teixeira, pois a partir de 1983, a L.L. F passou a ser amparada pela Prefeitura através do Prefeito Jurandyr Paixão (in memorian) que ate então, em pouco auxiliava na realização dos campeonatos e competições.
Entre os anos de1987e 1988 foi criada a Liga Desportiva Limeirense juntamente com Liga Limeirense de Futebol de Salão, devidamente filiada a federação paulista de futebol de salão, com o intuito de beneficiar também outros esportes com a filiação de atletas de outras modalidades junto as respectivas federações. Em 1988 existiam sessenta times em uma única divisão do campeonato amador de Limeira. Isso obrigou a entidade a efetuar a criação da segunda divisão embasada em critérios técnicos, como os determinariam as vinte e oito equipes que formariam a primeira divisão e as demais trinta e duas repassariam a compor a segunda divisão. Para alcançar o ideal de apenas dezesseis equipes na primeira divisão, os quatro últimos colocados da primeira divisão caíam para a segunda e apenas a campeã e vice seriam “promovidas” para a categoria superior.
No ano de 1993 foi planejada a criação da terceira divisão, regras que são criteriosamente seguidas com transparência até os dias atuais, com uma ótima comissão disciplinar e departamento de árbitros.

Galeria dos presidentes

Santo Negro (1944)

Vivaldo Gonçalves Cortes (1945 – 1952)

Noé Pelegrini (1953 – 1954)

Lauro Fernandes Gonçalves (1955 – 1960)

Álvaro Zenebon (1961 – 1963)

Armando Luiz Bonani (1964)

Durvalino de Souza (1965 – 1975)

Antonino de Alcântara de Teixeira (1976)

Alcides Azevedo (1977)

José Tadeu Toleco (1978 – 1979)

Milton Pereira de Almeida (1980)

Alcides Azevedo (1981 – 1982)

Antonino de Alcântara Teixeira (1983 – 1990)

Wilton Renan Regazzo (1991 – 1992)

Antonino de Alcântara Teixeira (1993 – 2009)

Galeria dos campeões

· Internacional – 1944/1945/1946

· Sete de setembro – 1947

· America – 1948

· Sete de setembro – 1949

· Prada – 1950

· Invicta – 1951

· Flamengo – 1952

· Sete de setembro – 1953

· Estudantes – 1955/1956/1957

· Independente – 1958

· Flamengo – 1959

· Tabajara – 1960

· Refiunião – 1961

· Independente – 1962

· Refiunião – 1963

· Estudantes – 1964

· Independente – 1965

· Refiunião – 1966

· Independente – 1967/1968

· Refiunião – 1969

· Internacional – 1970/1971/1972/1973

· Brasil – 1974

· Internacional – 1975

· Independente – 1976

· Lazinho – 1977/1978/1979

· Brasil – 1981

· Ipiranga – 1982 campeão de fato

· Serafim – 1982 campeão de direito

· Santa rosa – 1983

· Serafim – 1984

· Brasil – 1985

· Serafim – 1986

· Paulistano – 1987

· Metalafe – 1988

· ABC – 1989

· Centro Rural – 1990

· Santa Rosa – 1991

· Ipiranga – 1992

· Cruzeiro – 1993

· Santa Rosa – 1994

· Santa Cruz – 1995

· Primavera – 1996

· Santa Rosa – 1997

· América – 1998

· Eletro Internacional – 1999/ 2000

· Primavera – 2001
· Az de Ouro – 2002

· Primavera – 2003

· Az de Ouro – 2004

Álbum de figurinhas

Em 1957 os jovens Elcio Brigatto e Antônio Álvaro Zenebon tiveram a feliz idéia de criar algo que ficaria na memória dos limeirenses, um álbum de recordação dos clubes esportivos de Limeira.
Eles queriam algo diferente do que era na ocasião, decidiram então que no lugar das tradicionais figurinhas, fariam fotos para a coleção. Partiram em busca de apoio no comércio local e levaram adiante a brilhante idéia.
Vários bairros da cidade mantinham suas equipes no futebol varzeano: Botafogo da Vila Queiroz, o Cruzeiro dos altos da rua Dr. Trajano de Barros Camargo, o Duque de Caxias, campo onde hoje está situada as Máquinas Zaccaria, o Esporte Clube Estudantes do Jardim Esmeralda, a Associação Atlética Internacional que mantinha na época uma equipe de profissionais e uma equipe varzeana, o Independente Futebol Clube e o Galo da Vila.
Havia também o Flamengo, o Guarany, o Paulistano F.C. da Boa Vista e a Ponte Preta, cujo campo estava situado onde hoje está as Faculdades Integradas Einstein.
A Companhia Prada sempre inovadora em todos os aspectos, graças a visão empreendedora dos seus proprietários, não era diferente com o esporte, além da indústria tinha um campo de futebol, hoje Estádio Municipal Agostinho Prada – Pradão.














Fotos históricas









Fotos atualmente







O Coliseu

O coliseu era um local onde eram exibidos toda uma série de espectáculos, entre eles combates entre gladiadores e a caça de animais. Eram sempre pagos por pessoas individuais em busca de prestígio e poder em vez do estado. A arena (87,5 m por 55 m) possuía um piso de madeira, normalmente coberto de areia para absorver o sangue dos combates. Alguns detalhes dessa construção, como a cobertura removível que poupava os espectadores do sol, são bastante interessantes, e mostram o refinamento atingido pelos construtores romanos. Formado por cinco anéis concêntricos de arcos e abóbadas, o Coliseu representa bem o avanço introduzido pelos romanos à engenharia de estruturas. Os animais mais utilizados eram os grandes felinos como leões, leopardos e panteras, mas animais como rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes eram também utilizados.
O Coliseu era sobretudo um enorme instrumento de propaganda e difusão da filosofia de toda uma civilização, segundo Beda (Obra do século VII) "Enquanto o Coliseu se mantiver de pé, Roma permanecerá; quando o Coliseu ruir, Roma ruirá e quando Roma cair, o mundo cairá".

Estádio Municipal Agostinho Prada (Pradão)

O futebol é disputado num campo retangular por duas equipes, de onze jogadores em cada lado, que têm como objetivo colocar a bola dentro do gol. O comprimento do campo de jogo numa partida oficial deve ser desde 100x64 até 120x90 metros. As duas linhas de marcação denominam-se linhas laterais. As duas mais curtas são as linhas de meta. O gol deve ter 7,32m de uma trave a outra e a distância entre o travessão e o chão deve ser de 2,44m. As redes não são obrigatórias. Na frente de cada gol há a área penal (a grande área), que consiste em duas linhas perpendiculares à linha de meta, a 16,5m de cada poste. Essas linhas se unem com uma linha de 40,3m paralela à linha de meta. Toda essa área delimitada é a área penal.
O estádio é frequentado por diversos tipos de pessoas, desde crianças até senhores e senhoras, onde vão em busca de divertimento, muitos porque os familiares e amigos fazem parte dos times que estão disputando o campeonato, ou simplismente pelo prazer de ver a bola rolando em campo. O futebol é uma tendência mundial. Especialmente porque para se jogar futebol precisa-se de poucos recursos e equipamentos, uma bola e uma área plana. Segundo Murad (1996, pg 57) “O futebol como nossa paixão popular e esporte número um, encena um ritual coletivo de intensa densidade dramática e cultural , em consonância com a realidade brasileira. É a combinação de simbologias por meio das quais podemos estudar o Brasil.”

Comparação entreo o coliseu e o estádio de futebol

O coliseu possue uma arena de aproximadamente 87,5 m por 55 m com um piso de madeira, normalmente coberto de areia para absorver o sangue dos combates e uma cobertura removível que poupava os espectadores do sol. Já os estadios possuem um gramado de mais ou menos 100x64 m, muitas vezes sem cobertura, onde a torcida fica exposta ao sol. Antigamente o Coliseu era um local onde eram exibidos toda uma série de espectáculos,como a caça de animais e combate entre gladiadores, que era a diversão que eles tinham na época. Hoje nos dias atuais, os estadios futebol tambem tem essa função, onde exibem semanalmente seus espetáculos, uma “pedalada” aqui, um “drible” ali. Conclue-se entao que o Coliseu e os Estádios possuem a mesma finalidade e abrangencia, mas diferem no aspecto de espetáculos, onde antigamente se presenciavam massacre de pessoas, atualmente se presenciam alegria dos torcedores que torcem e vibram pelo seu time.

Texto Descritivo

Que o futebol é uma paixão nacional ninguém pode negar! Mas o que dizer sobre o futebol amador de Limeira?
Apaixonante talvez seja a palavra mais correta, pois a organização nos permite assistir a um verdadeiro espetáculo, sem violência e sem tumulto. Os jogos são disputadíssimos e os jogadores são de alto nível e de extrema habilidade, tornando-se inevitável que haja muitos gols, como o caso do centro avante Edgar (Dega), jogador do Esporte Clube Estudantes, com uma média de 1,5 gols por partida é uns dos artilheiros do campeonato. Isso faz com que a torcida compareça em massa, dando um show a parte e tornando-se possível a integração de pessoas de várias culturas.
Este evento é muito importante para a cidade, já que uma movimentação econômica muito grande dentro e fora dos campos, e também é uma forma de entretenimento para toda a família.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

É o futebol

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